Introdução
O dente do siso, também chamado de terceiro molar ou popularmente conhecido como “dente do juízo”, é um tema que desperta dúvidas, medos e muitos mitos. Embora seja um processo natural, a erupção dos sisos nem sempre ocorre de forma tranquila, e sua remoção é uma das cirurgias odontológicas mais realizadas no Brasil.
Neste artigo completo, você vai entender:
- O que são os dentes do siso
- Por que eles causam dor ou desconforto
- Quando é necessário extraí-los
- Como é feita a cirurgia e o pós-operatório
- Quais são os riscos, benefícios e curiosidades
Além disso, incluímos informações detalhadas sobre o diagnóstico por imagem, dicas de cuidados e tratamentos associados.
O que é o dente do siso?
Os dentes do siso são os últimos molares a erupcionar na boca. Em geral, isso ocorre entre os 17 e 25 anos de idade, mas há casos em que eles surgem mais tarde — ou nem chegam a nascer, o que é chamado de agenesia.
Cada pessoa pode ter até quatro sisos: dois superiores e dois inferiores, localizados no fim das arcadas dentárias. Eles costumavam ser essenciais para nossos ancestrais, que consumiam alimentos mais duros e não tinham acesso à higiene oral moderna. Com o tempo, a evolução anatômica reduziu o tamanho das mandíbulas humanas, tornando esses dentes, muitas vezes, sem espaço para nascer corretamente.
Curiosidades sobre o dente do siso
- Nem todo mundo tem os quatro sisos — cerca de 25% da população brasileira tem ao menos um dente do siso ausente.
- O nome “dente do juízo” vem do fato de que ele aparece numa fase considerada de maior maturidade.
- O dente do siso pode nascer deitado ou na horizontal, empurrando outros dentes e causando desalinhamentos ortodônticos.
- É um dos principais responsáveis por dores irradiadas, como dor de ouvido, enxaquecas e dor no maxilar.
- Existem casos raros de tumores ou cistos associados ao siso incluso, o que reforça a importância do diagnóstico precoce.
Siso incluso e semi-incluso: entenda a diferença
- Siso incluso: permanece dentro do osso, sem erupção visível.
- Siso semi-incluso: rompe parcialmente a gengiva, mas não emerge por completo.
Ambas as situações podem gerar:
- Inflamação (pericoronarite)
- Infecções
- Acúmulo de resíduos alimentares
- Cáries nos dentes adjacentes
- Reabsorção das raízes vizinhas
O diagnóstico é confirmado por radiografias panorâmicas ou tomografias computadorizadas, que mostram o posicionamento exato do dente e os riscos envolvidos.
Quando é necessário extrair o dente do siso?
A extração pode ser indicada em diversos casos:
- Falta de espaço na arcada
- Infecção recorrente da gengiva (pericoronarite)
- Dor intensa ou inflamações frequentes
- Dentes do siso com cárie de difícil acesso para tratamento
- Risco de danos aos dentes vizinhos
- Cistos, tumores ou reabsorções ósseas
Entretanto, nem todos os sisos precisam ser extraídos. Se estão bem posicionados, não causam sintomas e permitem boa higienização, podem permanecer na boca sem riscos.
Como é a cirurgia de extração do siso?
A extração é feita sob anestesia local, sendo indolor durante o procedimento. O tempo e a complexidade da cirurgia variam de acordo com:
- A posição do dente
- O grau de impactação
- O número de raízes
- A espessura do osso ao redor
Em casos complexos, a cirurgia pode ser realizada por um cirurgião bucomaxilofacial. O uso de equipamentos modernos, como motores cirúrgicos com irrigação, facilita o procedimento e reduz os riscos.
Riscos e complicações possíveis
Apesar de ser uma cirurgia rotineira, a extração do siso pode apresentar complicações:
- Alveolite (infecção no alvéolo): ocorre geralmente quando o coágulo de sangue se desfaz antes do tempo.
- Parestesia: perda temporária de sensibilidade no lábio, queixo ou língua, em casos de contato com o nervo alveolar inferior.
- Inchaço e hematomas
- Sangramentos leves nos primeiros dias
- Dor pós-operatória, controlada com medicação adequada
Casos mais graves, como fratura mandibular, são raríssimos e geralmente associados a dentes profundamente impactados ou má-conduta na força aplicada.
Cuidados no pós-operatório
O sucesso da recuperação depende dos cuidados nos primeiros dias após a cirurgia. Veja o que é recomendado:
- Aplicar compressa de gelo nos primeiros dois dias (15 minutos de cada vez)
- Evitar bochechos fortes, fumar e consumir bebidas alcoólicas
- Alimentar-se com comidas pastosas, frias ou mornas
- Escovar os dentes com escova pós-cirúrgica na área afetada
- Evitar exercícios físicos nas primeiras 48h
- Tomar os medicamentos prescritos corretamente
- Dormir com a cabeça levemente elevada para reduzir o inchaço
Como aliviar a dor do dente do siso sem extração?
Se o siso estiver nascendo e a extração ainda não for indicada, algumas medidas podem ajudar:
- Analgésicos (como paracetamol) e anti-inflamatórios (ibuprofeno)
- Uso de anestésicos tópicos, como spray ou gel
- Bochechos com água morna e sal para ajudar na cicatrização
- Compressas frias no rosto para reduzir a dor e o inchaço
- Boa higiene bucal com escovação e fio dental, mesmo em áreas difíceis
Se a dor persistir ou piorar, é necessário procurar um dentista para avaliação clínica e radiográfica.
Preço da extração do siso no Brasil
O valor da cirurgia varia conforme:
- Complexidade do procedimento
- Número de dentes extraídos
- Se o dente está incluso ou parcialmente erupcionado
- Se há necessidade de exames de imagem adicionais
Apenas uma avaliação profissional pode determinar o custo exato. Muitas clínicas oferecem parcelamento do tratamento e descontos em pacotes que incluem a remoção dos quatro sisos.
Conclusão: prevenir é sempre melhor
A avaliação periódica com o dentista, especialmente entre os 16 e 25 anos, é fundamental para acompanhar a erupção dos dentes do siso. Em muitos casos, o acompanhamento precoce evita complicações, reduz o custo e facilita a cirurgia.
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