A cirurgia ortognática vai muito além da estética facial. Ela representa uma mudança profunda na forma como uma pessoa mastiga, respira, dorme, se comunica e até como se enxerga no espelho. O nome pode parecer técnico, mas o impacto que esse procedimento traz é sentido no dia a dia de milhares de brasileiros, principalmente aqueles que, por anos, sofreram com dores, dificuldades respiratórias ou desconforto ao se olhar no espelho.
Neste artigo, você vai entender tudo sobre a cirurgia ortognática, desde suas indicações até o processo de recuperação. Também revelaremos curiosidades pouco conhecidas sobre o procedimento e responderemos às principais dúvidas com uma linguagem clara, acessível e embasada em evidências.
O que é a cirurgia ortognática?
A palavra “ortognática” vem do grego: orto (reto, correto) + gnathos (maxilar). Na prática, trata-se de uma cirurgia realizada para corrigir alterações nos ossos da face — principalmente na mandíbula (maxilar inferior), na maxila (osso superior da boca) ou em ambos. Essas alterações podem ser de nascimento ou se desenvolver ao longo da vida e, quando não tratadas, causam:
- Desproporções faciais visíveis
- Mordida desalinhada (dentes que não se encaixam corretamente)
- Problemas para mastigar ou falar
- Apneia do sono
- Dores constantes na articulação temporomandibular (ATM)
A cirurgia ortognática é recomendada quando apenas o tratamento ortodôntico (uso de aparelho) não é suficiente para corrigir a estrutura óssea.
Indicações mais comuns
A cirurgia ortognática pode ser indicada para corrigir diferentes tipos de deformidades dentofaciais. Entre as mais frequentes estão:
- Assimetria facial: Quando um lado da face é visivelmente diferente do outro, prejudicando o equilíbrio estético e funcional.
- Mordida cruzada, aberta ou profunda: Desalinhamentos que interferem na mastigação, fala e saúde bucal.
- Prognatismo ou retrognatismo mandibular: Quando o queixo é projetado demais para frente ou para trás.
- Problemas respiratórios: Como apneia do sono causada por obstrução das vias aéreas.
- Dores e disfunções da ATM: Estalos, dor ao mastigar, limitação de movimentos.
Etapas do tratamento: uma jornada em equipe
O sucesso da cirurgia ortognática depende de um planejamento detalhado e de uma equipe multidisciplinar. Em geral, o processo inclui:
- Avaliação inicial
Exames clínicos, radiografias, tomografias e escaneamento digital são realizados para entender com precisão a anatomia facial do paciente. É comum o uso de softwares 3D para simular o resultado esperado.
- Tratamento ortodôntico pré-cirúrgico
Antes da cirurgia, é necessário usar aparelho ortodôntico por um período que pode variar entre 6 a 18 meses. O objetivo é posicionar os dentes corretamente para que, na hora da cirurgia, a mordida fique perfeita após o reposicionamento ósseo.
- Cirurgia ortognática
O procedimento é feito em ambiente hospitalar, com anestesia geral. O cirurgião realiza cortes nos ossos da mandíbula e/ou maxila (osteotomias), reposiciona as estruturas e as fixa com placas e parafusos de titânio, que permanecem no local sem causar incômodos.
- Pós-operatório
A recuperação varia, mas os primeiros 15 dias exigem repouso, dieta pastosa e controle rigoroso da higiene bucal. O inchaço é comum e pode durar algumas semanas. Após esse período, o paciente retorna ao ortodontista para o refinamento da mordida.
Benefícios que vão além da estética
- Melhora da autoestima: Pacientes relatam uma transformação profunda na forma como se veem e se relacionam socialmente.
- Melhora funcional: Mastigação eficiente, fala mais clara e respiração livre.
- Redução de dores: Alívio nas articulações e nos músculos faciais.
- Prevenção de doenças: Corrigir a mordida reduz o risco de desgaste dentário, retração gengival e até doenças periodontais.
Curiosidades que poucos conhecem sobre cirurgia ortognática
- Nem todo caso de aparelho precisa de cirurgia, mas quase toda cirurgia ortognática exige uso de aparelho.
- O planejamento da cirurgia é altamente personalizado e pode incluir simulações em realidade aumentada.
- As cicatrizes são internas: todos os cortes são feitos por dentro da boca, sem marcas visíveis no rosto.
- A cirurgia pode ser combinada com procedimentos estéticos, como rinoplastia.
- Pacientes com apneia do sono severa têm melhora expressiva após o procedimento, com redução ou eliminação do uso de CPAP.
- É possível falar logo após a cirurgia, embora com alguma dificuldade. O tempo de recuperação completa para fala plena varia de pessoa para pessoa.
Dúvidas frequentes
É uma cirurgia estética ou funcional?
É funcional, com impacto estético positivo. O objetivo é corrigir deformidades que afetam funções essenciais como mastigação, respiração e fala.
Quanto tempo dura a cirurgia?
De 2 a 4 horas, dependendo da complexidade.
O pós-operatório é doloroso?
Desconfortos são esperados, mas a dor é controlada com medicação. O inchaço e a limitação de movimentos são mais incômodos nos primeiros dias.
Vou precisar ficar com a boca “amarrada”?
Na maioria dos casos, não. Antigamente usava-se esse método, mas hoje, com técnicas modernas, não é necessário.
Quando poderei voltar ao trabalho ou à escola?
Em geral, recomenda-se afastamento de 15 a 21 dias, dependendo da atividade profissional.
Quem realiza a cirurgia?
A cirurgia ortognática deve ser feita por um cirurgião bucomaxilofacial, profissional com formação em Odontologia e especialização em cirurgia de face. É fundamental que o profissional tenha experiência e que a equipe envolva ortodontistas, anestesistas e, quando necessário, psicólogos e fonoaudiólogos.
Um procedimento que pode transformar vidas
Muitos pacientes que passaram por cirurgia ortognática relatam que se sentiram “renascidos”. A combinação entre melhora funcional e estética pode impactar diretamente a saúde mental, a vida social e até a performance profissional da pessoa.
Se você sofre com dor ao mastigar, não gosta do seu perfil facial ou já ouviu do ortodontista que só o aparelho não resolverá, talvez seja hora de considerar essa transformação.
E o custo? É possível parcelar?
Na maioria dos casos, o procedimento pode ser parcelado, especialmente quando realizado em clínicas especializadas que oferecem condições facilitadas. No projeto Implantes 24x, por exemplo, é possível realizar a sua cirurgia ortognática parcelada em até 24 vezes, com todo o acompanhamento necessário.
Agora você pode fazer seu tratamento pertinho de você e ainda parcelar em 24x. Agende uma avaliação com um cirurgião experiente e descubra se a cirurgia ortognática é a solução que você procura.