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Estomatite: causas, tipos, sintomas, tratamento e curiosidades sobre essa inflamação bucal

A saúde da boca vai muito além dos dentes. Quando falamos de estomatite, estamos nos referindo a um conjunto de condições inflamatórias que podem afetar diversas partes da cavidade oral da gengiva à língua, do céu da boca à garganta. Embora comum na infância, essa inflamação pode atingir adultos em diferentes fases da vida e trazer desconfortos significativos se não for tratada com o devido cuidado.

Neste artigo, você vai entender o que é estomatite, quais são os tipos mais comuns, sintomas, fatores de risco, formas de prevenção, tratamentos e até mesmo curiosidades pouco conhecidas sobre o tema.

O que é estomatite?

Estomatite é o termo médico utilizado para descrever qualquer inflamação que afete a mucosa bucal. A palavra vem do grego stoma, que significa “boca”, e do sufixo ite, que indica processo inflamatório.

É uma condição que pode ter origem infecciosa (vírus, bactérias, fungos), alérgica, traumática ou imunológica. Em casos mais graves, pode afetar a alimentação, a fala e a qualidade de vida do paciente.

Quem pode ter estomatite?

A estomatite pode afetar pessoas de qualquer idade, mas é particularmente comum em:

  • Crianças entre 6 meses e 5 anos

  • Idosos com baixa imunidade ou uso de próteses dentárias

  • Pacientes imunodeprimidos (HIV, câncer, uso de corticoides)

  • Usuários de próteses ou aparelhos mal adaptados

  • Fumantes e consumidores frequentes de álcool

Tipos de estomatite

A medicina e a odontologia reconhecem diferentes tipos de estomatite. Conheça os principais:

1. Estomatite aftosa

  • Popularmente conhecida como “afta”

  • Forma úlceras dolorosas no interior da boca (língua, bochechas, lábios)

  • Multifatorial: estresse, imunidade baixa, deficiência de vitaminas

2. Estomatite herpética

  • Causada pelo vírus Herpes Simplex tipo 1

  • Começa com bolhas e evolui para feridas e ulcerações

  • Altamente contagiosa, principalmente em crianças

3. Estomatite viral

  • Pode ser causada por outros vírus além do herpes, como o Coxsackie (vírus da mão-pé-boca)

  • Sintomas semelhantes aos da gripe acompanhados de feridas orais

4. Estomatite angular (queilite angular)

  • Fissuras nos cantos da boca

  • Comum em idosos e pessoas com deficiência de ferro ou vitamina B12

5. Estomatite nicotínica

  • Lesões no céu da boca causadas pelo calor do fumo (charuto, cigarro ou cachimbo)

  • Pode evoluir para alterações pré-cancerígenas

6. Estomatite protética

  • Inflamação causada por próteses dentárias mal adaptadas ou mal higienizadas

  • Comum em idosos

  • Pode estar associada à infecção por Candida albicans

7. Estomatite ulcerativa

  • Ulcerações dolorosas que podem necrosar os tecidos gengivais

  • Mais comum em pacientes com baixa imunidade

8. Estomatite gangrenosa

  • Rara, associada à desnutrição e doenças graves como malária

  • Pode levar à destruição de tecidos bucais

9. Estomatite vesicular

  • Mais comum em animais, mas transmissível ao homem

  • Causa bolhas dolorosas, principalmente em trabalhadores do campo

10. Estomatite moriforme

  • Fúngica, de aparência semelhante a pequenos grãos em “cacho de uva”

  • Relacionada a infecções orais por cândida

Estomatite infantil

As crianças são mais vulneráveis à estomatite por conta do sistema imunológico em desenvolvimento. A forma mais comum é a estomatite herpética, que se manifesta com febre, irritabilidade, dor para se alimentar e lesões visíveis na boca e garganta.

A doença costuma aparecer entre 2 e 5 anos, período em que a criança está mais exposta ao contato com outras pessoas no ambiente escolar.

Estomatite em adultos

Nos adultos, a estomatite tende a ser mais agressiva. As causas vão desde próteses mal ajustadas, tabagismo, estresse, uso de medicamentos imunossupressores até doenças sistêmicas, como lúpus ou Crohn.

Principais causas da estomatite

A estomatite pode ser desencadeada por:

  • Infecções virais (herpes, Coxsackie)

  • Infecções bacterianas e fúngicas (como candidíase)

  • Próteses e aparelhos mal adaptados

  • Reações alérgicas (alimentos, medicamentos, enxaguantes bucais)

  • Deficiências nutricionais (ferro, ácido fólico, vitaminas B12 e C)

  • Baixa imunidade (quimioterapia, radioterapia, HIV)

  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool

  • Higiene oral inadequada

  • Estresse físico ou emocional

Sintomas da estomatite

Os sintomas podem variar de acordo com o tipo e a gravidade da estomatite, mas geralmente incluem:

  • Aftas ou úlceras dolorosas

  • Inchaço e vermelhidão na boca

  • Mau hálito

  • Febre e dor de cabeça (mais comum em crianças)

  • Dificuldade para mastigar e engolir

  • Sensação de boca seca ou ardente

  • Irritabilidade (em bebês)

  • Perda de apetite

  • Gânglios inflamados no pescoço

A fase aguda dura de 7 a 14 dias, sendo a primeira semana a mais dolorosa.

A estomatite é contagiosa?

Depende do tipo:

  • Contagiosa: estomatite viral (como a herpética)

  • Não contagiosa: estomatite aftosa, alérgica ou traumática

Em casos contagiosos, a transmissão ocorre por contato direto com saliva ou lesões, beijos, copos compartilhados ou até mesmo gotículas do ar.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da estomatite é clínico, feito por dentistas, clínicos gerais ou pediatras, e envolve:

  • Exame visual da boca e garganta

  • Análise dos sintomas relatados

  • Histórico do paciente

Em casos persistentes ou graves, exames laboratoriais podem ser solicitados para identificar o agente causador (vírus, bactéria ou fungo).

Tratamento da estomatite

O tratamento depende da causa e da intensidade dos sintomas. Em geral, pode incluir:

  • Anti-inflamatórios: para reduzir a dor e o inchaço

  • Antivirais (como aciclovir): em casos de estomatite herpética

  • Antibióticos: quando há infecção bacteriana

  • Antifúngicos: como a nistatina (contra candidíase)

  • Analgésicos e antitérmicos: como paracetamol, para febre e dor

  • Pomadas anestésicas: para alívio local

  • Bochechos com antissépticos bucais

  • Reposição nutricional: vitaminas e minerais

Além disso, é essencial:

  • Manter uma boa higiene bucal com escova macia

  • Evitar alimentos ácidos, salgados ou duros

  • Beber bastante água

  • Consumir alimentos pastosos e frios

  • Nunca se automedicar — o uso incorreto de medicamentos pode agravar o quadro

Curiosidades sobre estomatite

  • A estomatite foi descrita desde a antiguidade e associada à “doença dos escravos” em registros históricos, devido à má alimentação e higiene precária.

  • Estresse emocional é um dos gatilhos silenciosos para estomatite aftosa em adultos.

  • Em tempos de pandemia, o uso excessivo de enxaguantes com álcool aumentou os casos de estomatite química.

  • Algumas pessoas têm predisposição genética para aftas recorrentes.

  • A nistatina, antifúngico usado contra estomatite, foi descoberta em 1950 por duas mulheres cientistas: Rachel Fuller Brown e Elizabeth Hazen.

Prevenção da estomatite

  • Mantenha boa higiene bucal diária

  • Visite o dentista regularmente

  • Evite fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso

  • Corrija deficiências nutricionais com alimentação balanceada

  • Desinfete chupetas e mamadeiras em crianças pequenas

  • Não compartilhe utensílios pessoais (copos, talheres, batom)

  • Reduza o estresse com práticas saudáveis como exercício físico e sono adequado

Conclusão

A estomatite é uma condição inflamatória da boca que pode parecer simples, mas quando ignorada, causa grande desconforto e impacta na saúde geral. Identificar corretamente o tipo, buscar ajuda profissional e seguir as orientações de tratamento são passos essenciais para uma recuperação segura e rápida.

Se você ou alguém da sua família está enfrentando sintomas semelhantes, não hesite em procurar orientação odontológica. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento.

 

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